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10 de agosto de 2012

um velho conhecido...

oi.
Oi.
puxa. faz muito tempo que não o vejo por aqui. estava sentindo falta dos seus solos de guitarra.
Esqueça. Minhas cordas estão quebradas. Não sei quando voltarei a tocar.
nossa, deve ter sido muito difícil. algo muito forte deve ter acontecido para conseguir parti-las.
Talvez.
não prefere conversar sobre isso?
Eu evito. Mas sempre tocam no assunto por mim mesmo... então... como se chama?
não lembra de mim?
Desculpe, mas não.
eu sei seu nome.
Mas eu desconheço você.
não. eramos muito próximos, apenas se afastou de mim. na verdade, sou bastante conhecido por aqueles que o cercam.
Me afastei de você? Desculpe, mas não se sinta especial. Tenho estado distante de muita gente.. Ultimamente
deve ser difícil para alguém como você ter se distanciado tanto assim.
Mas foi sem querer. Eu mudei de nome.
eu sei. meu nome era seu.
Então temos muito em comum...e...
não temos não. não temos mais. você abandonou tudo isso.
Tudo aquilo que um dia fui.
começou a entender.
Desculpe, mas não consigo mais.
o que? ser você?
Sentir o que um dia eu fui.
tente. comece com uma nota... agora um acorde... onde está aquela melodia?
É difícil, não lembro como era.
não consegue ouvi-la?
Não mais. A abandonei também.
estou tentando, mas precisa me ajudar aqui.
Perdi a vontade.
eu sei, esse é seu novo nome.
Mas eu gostava de antigamente. De um tempo que... que não me pertence mais.
e não voltará também. não podemos controlar o tempo, não pode evitar que o que aconteceu tenha acontecido. não está nas suas mãos.
Talvez esteja presente em minhas canções.
elas dizem bem mais que suas palavras, com certeza. mas são apenas um retrato.
Um lembrança daquilo que um dia tivemos?
daquilo que um dia eu fui. eu era você num tempo perdido.
Estou diferente agora.
é por isso que não posso ficar. vim apenas para te fazer lembrar...
Me fazer lembrar daquilo que não posso ter? Me fazer relembrar tudo que um dia tive e que simplesmente foi embora? De todas as promessas que no final não passaram de palavras? Sinto muito, mas não é bom. Não é bom ficar abrindo portas trancadas...
está vendo? vim para te fazer lembra como é sentir algo novamente. como é ter sentimentos passando pelo seu corpo.
Mas não me trouxe sentimentos bons.
desculpe, mas não te trouxe nenhum. são todos seus. são todos meus...
Diga-me mais uma vez. Quem é você?
eu? ninguém. apenas a lembrança da felicidade que um dia foi.
Não que ficar mais um pouco? Gosto de te ter por perto.
estarei sempre aqui. apenas precisa saber o que quer.
Me espere... Um dia estarei pronto para voltar. Existe um lugar, que me traz boas recordações...e...
e eu não voltarei lá. é hora de ter novas lembranças. me dê novos motivos para voltar.
Sei que estamos em nova hora, mas não me aprece tanto.
tenha o tempo que precisar. estarei sempre aqui quando precisar.
Foi bom conversar com você. Acho que vou escrever uma musica nova. ela falará sobre isso.
começou a entender. tua musica, é apenas um retrato. teu nome não pode voltar a ser o mesmo. o tempo não espera, as lembranças... estas talvez não aconteçam de novo. é tempo de mudanças. sei que me esperará, mas tenha sempre a mente aberta a conhecer novos monólogos. não é fácil, mas precisa me dizer... adeus.
Não pode dizer por mim?
já o fiz, você também. precisa apenas aceitar. precisa dizer a si...
Acho que finalmente entendi... Sei vou chorar, ao te dizer... Adeus...
...Mas é... é tempo de mudanças.

9 de julho de 2012

Uma promessa, alguns caminhos.

Promessas feitas perdem o valor quando os horizontes se tornam paralelos.
Perca tempo esperando por oportunidades...
Precisa de distração. Se desprender de memórias que invadem cada veia que resiste pulsante.
Memorias e lembranças. Algumas aflitas, outras forjadas.
Algumas leves e vazias, outras doloridas e pesadas sobre os ombros...
Mas nem todas podem te ferir.

21 de junho de 2012

por perto

Consegue ouvir?
Escuto o rangir de passado que busca sempre me encontrar.
Desculpe-me, mas cheguei ao ponto que não posso seguir te dando minhas palavras.
Tudo bem, ela nunca fizeram nenhum sentido mesmo.
ainda consigo ouvir aquela musica que parou de tocar...

29 de abril de 2012

batendo...

Um coração que ainda pulsa... será que pode um dia voltar a bater?
Eu posso deixar que se aproxime, mas não posso tentar sozinho.
Estou tentando. Estou batendo, Abre e deixa entrar!
Emotivamente no deixamos levar, e onde está a razão pra nos guiar? é... Mas... não a escute sempre.

Então é isso... e do nada foi isso...
Sentir o que um dia adormeceu... que foi morto. Consegue matar todas as suas emoções?
Revive-las é mais difícil, mas... é melhor se entregar a elas.
Acreditei nas palavras. Reviver aquilo tudo que senti um dia foi bem mais do que difícil, e me pergunto se foi em vão.
Permita que se aproxime novamente, como me disse que deveria ser... e agora tudo que me diz são mágoas.
Lembrai, lembrai dos momentos e das ansiedades, das lágrimas e dos sorrisos.
Lembrei, pulsou, acabou.
Eu vi o mundo acabar diante dos meus olhos, assim como nossa dança, e todas as promessas parecem ter feito sentido algum. Ou o sentido que nunca quis saber.
Ainda consegue ver aquela esquina?
Ainda lembra daquele rosto? Está deformado.
Ainda lembra de algum sorriso? Está tão frágil que já não pode ser sentido. Ou percebido.
E então é isso...
Eu olho, e todos os sorrisos parecem mudar de direção.
Vejo todos a dormir enquanto ecoo notas... as vezes melódicas... e quase sempre... dissonantes.
Acordes tortos, modificados conforme pulsa o que um dia bateu.
Não se aproxime de mim. Não consigo distinguir seu rosto.
Me distraio na melodia, Vivo na emoção... Emoções podem controlar toda uma pulsação.
E agora, esta guitarra que um dia teve destino, toca sem pensar. Sem repousar? Pelo menos sem trastejar.
É como se tivesse acordado e de repente... vejo o mundo! de repente o mundo não me vê, e no meu mundo não vejo você. Ainda gosta de dançar?
Não é desistir? não, é apenas entender. Entender que as palavras de não esquecer não me dizem mais nada.
Não. Não esqueci, não tem como, contudo, não posso mais ouvir o que não pode ser vivido.
E no embalo da nossa canção, com um filme de refrão, guardarei para sempre a partitura da nossa emoção. Mas este foi um concerto sem reprise. A cortina fechou e tudo que tenho são os ingressos no bolso e a lembrança esquecida.

Abandonei minha Garcieira, seus frutos não me satisfazem mais.
Abandonei as lágrimas, seu gosto não me surpreende mais.
Abandonei as lembranças, pois elas não me permitem tocar.
Abandonei aquele palco... pois este... não me permite... sentir.

Daquele acorde que um dia pulsou,
Daquela cortina que um dia fez um show...
Daquele que um dia ousou... e lembrou.